quarta-feira, junho 21, 2006

"A lei?...Ora, a lei!..."

Alguns são mais iguais: por que?
Josué Maranhão
http://ultimainstancia.uol.com.br/colunas/ler_noticia.php?idNoticia=28427


Comentários

Luiz Carlos Siqueira Campos (Professor) - CURITIBA, PR - 03/06/2006 - 16:32

Getúlio Vargas foi o coveiro da República Velha...A qual, junto com muito joio, levou para o túmulo também trigo... que ficou fazendo falta, contribuindo para a falta de honorabilidade, para o atual raquitismo da vida política brasileira. Raquitismo que é, como a AIDS, o campo fértil onde viceja toda espécie de oportunismo político, proporcionando-nos o “espetáculo” da sem-vergonhice, que hoje nos enche olhos e narinas...Vargas, o homem que conseguia “tirar a meia sem tirar o sapato”, já faz parte da legenda. E da sua, uns tantos ditos ainda circulam: “Divida velha não se paga, e nova, deixa-se ficar velha”... “ Para os amigos favores; para os inimigos, justiça”, entre outros. Neste último, anedótico à parte, pode-se vislumbrar um princípio que vem norteando o uso da Coisa Pública, por parte dos clãs que sucessivamente têm parasitado nossa nação.
A meu ver, encontra-se aí a razão de ser da absurda legiferança que faz do Brasil o campeão mundial na quantidade (qualidade, nem falar...) de leis. A tal ponto que, se mesmo o justo “peca sete vezes por dia”, assim cada um de nós está infringindo alguma lei ao menos tanto...São leis injustas, absurdas, contraditórias, e em tal profusão que, mesmo o mais honesto dos brasileiros não escapará das malhas da “justiça”, se contrariar seriamente os interesses do clã dominante. A proposta do professor Marcos Cintra ( http://www.marcoscintra.org), da criação de um imposto único, está longe de empolgar os reais detentores do poder...Os aplicadores da lei, com jeitinho brasileiro, encontraram uma maneira de navegar nesta selva, classificando como “lei que não pega” as que não são assimiladas pela população, são letra morta... e sentenciando como bem lhes parece. Mas elas continuam a fazer parte da panóplia legal, pendendo como espadas de Dâmocles sobre as cabeças dos adversários...
Assim, prodigando favores (leia-se “corrupção”...) ou fazendo “justiça” (vindita política...), este sistema se inviscerou na vida pública nacional. Nosso país não se reduz a isto, mas o peso morto desta estrutura clientelista, do “peleguismo” em todos os níveis, nos sufoca e suga as forças vivas de nosso povo. A tal ponto que, se eu tivesse a acabrunhante missão de dirigir o Brasil de hoje, antes de tudo, iria em uma peregrinação de toda nação a Aparecida, para pedir à Padroeira luz e força para sairmos deste pantanal...Que isto façam, o quanto antes, aqueles que, diante de Deus respondem por nosso povo, são meus votos... e as súplicas que dirijo à Rainha do Céu e da Terra.

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