quinta-feira, agosto 31, 2006

No ritmo do sexo

Música com sentido sexual oculto provoca nos adolescentes vida sexual prematura.
Em músicas desta orientação, seja hip-hop, rape, ou hard-rock, as distinções são insignificantes. Se o adolescente ouve constantemente músicas com sentido sexual fortemente insinuado, suas chances de começar cedo a vida sexual são duas vezes maiores.
A esta conclusão chegou um grupo de cientistas chefiados por Steven Martino, pesquisador da Rand Corporation , de Pittsburg. Seu artigo aparece na edição de agosto de Pediatrics, divulgada na 2ª feira.
O trabalho baseou-se em perguntas por telefone a 1461 adolescentes de idades entre 12 e 17 anos. A pesquisa começou em 2001, quando a maioria dos entrevistados ainda era virgem. A repetição da pesquisa foi realizada em 2002 e 2004.
A investigação mostrou que canções descrevendo as mulheres como objeto sexual, as pessoas como objetos manipulados sexualmente e contendo claras insinuações de contacto sexual despertam mais cedo o começo da vida sexual do que aquelas que contém o mesmo, mas sob forma mais velada.
Foi encontrada a dependência da probabilidade da precoce "corrupção dos menores" da audição ativa .
No artigo relata-se que os ouvintes ativos de tais músicas (heavy listeners= ouvintes de rock pesado) começaram a vida sexual no decurso dos dois anos seguintes ao começo da pesquisa em 51% dos casos.
Ao mesmo tempo entre os que escutavam pouco ou escutavam música "não corruptora" (no sexually degrading music), nesta mesma idade começaram a vida sexual apenas 29%. Os cientistas julgam que a música indecente transmite aos adolescentes a mensagem de que sexo é coisa tão simples e habitual "como ir à instalação sanitária".
A associação da indústria fonográfica da América (Recording Industry Association of America) recusou-se a comentar os dados obtidos.
Enquanto isso outras companhias gravadores consideraram a conclusão dos cientistas precipitada.
" Eu receio por enquanto dizer que a música, mais do que outros fatores, aparece como causa da decadência dos costumes" - diz Benjamin Chaves, diretor geral da Hip-Hip Summit Action Network - organização que congrega os intérpretes de hip-hop.
Apesar das palavras de Chaves, o problema das canções sexuais há tempo já se tornou internacional, embora cada nação o resolva por si mesma.
O governo chinês, por exemplo, como sempre ultrapassou os limites na luta pela pureza de costumes de seus cidadãos. Segundo notícia do jornal oficial "Céu e terra", nos bares de karaokê foi feito um levantamento sexual. Assim, para assombro dos chineses, na lista das melodias proibidas não cairam melodias contemporâneas, mas populares para pessoas de meia idade.
Por exemplo, a canção " Vá, procure prazer na solidão", caiu na lista negra pelas palavras "Eu quero achar um outro amor, não estou acostumado a viver só". A canção "Escritório" proibiram por " Olhe a roupa sobre a mesa, nós passamos aqui tantas noites parecidas com esta. Não acenda a luz no escritório, pois o senhor Chou pode voltar para pegar seus livros".
Possivelmente a censura vai se voltar logo para o teatro e o cinema chinês, pois o grupo de Steven Martino começou a investigação sobre a influência das artes visuais sobre os jovens.

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