http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/27832.shtml
Luiz Carlos Siqueira Campos (Professor) - CURITIBA, PR - 16/05/2006 - 18:29
Nunca soube, em meio século de leituras, de uma revolução sem qualquer objetivo político-ideológico... Creio ser isso impossível dado que, para que um grupo social formal ou clandestino se abalance a desafiar uma ordem estabelecida, ou é constituído de loucos, ou dispõe de poder. Embora seja prematuro falar-se de revolução, os ataques a sustentáculos visíveis da autoridade (forças de segurança), não deixa de evocar o quadro clássico de um levante incipiente. Testemunham pelo menos a auto-confiança dos agressores, seu menosprezo pela capacidade de reação da sociedade esbofeteada. E para quem não conheça os insondáveis submundos que dela fazem parte, provocam uma perplexidade diante de tal manifestação de poder.
É o Crime Organizado, diz-se... Mas por quem... e para que? Não questiono que o móvel imediato dos crimes seja o botim, o gozo do fruto roubado, da parte dos executores. O que não me convence é que os seus organizadores se limitem apenas a isso...
Ninguém enfrenta os riscos de uma chefia (sobretudo de fascínoras...) a não ser pela volúpia do poder. E não há poder que se restrinja ao meramente material, nesta sociedade de homens. As grandes organizações criminosas - como parece ser o PCC - sempre estiveram em conúbio com o mundo da finança, do espetáculo, da política...Frank Sinatra, Marilyn Monroe, John F. Kennedy são suspeitos de terem gravitado no submundo da Máfia americana. Andreotti (http://en.wikipedia.org/wiki/Giulio_Andreotti), figura de proa da democracia-cristã italiana, terminou vinte anos de pinacular carreira política ao ser flagrado num beijo ritual com um mafioso...Uma das versões (http://www.ordeniluminati.com) sobre a origem da sigla Máfia - Mazzini Autorizza Furti, Incendi, Avvelenamenti - situa a organização criminosa como força auxiliar da unificação italiana, que despojou a Igreja do seu poder temporal com a tomada de Roma. Quem estará por trás do PCC ? Logo veremos...
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