domingo, abril 08, 2007

E no ano seiscentos da vida de Noé, no segundo mês, no décimo sétimo dia do mês, naquele dia todas as fontes do grande abismo jorraram, e as comportas dos céus se abriram.

Desvendado segredo do dilúvio universal

Debaixo da superfície de nosso planeta, em profundidades maiores do que 1000 quilômetros, cientistas descobriram oceanos.
Senão, de onde viria a água?...

A história a respeito do Dilúvio universal é bíblica. E pareceria mítica. Entretanto muitos cientistas acreditam que ele existiu, efetivamente. Diz-se que nos continentes existem numerosos vestígios de inundação. Lagos com água do mar salgada, situados em terra firme e distantes milhares de quilômetros da linha litorânea, são geralmente restos deste dilúvio.

Mas de onde veio a água para tão catastrófica inundação global? Tamanha, que o velho Noé na sua arca encalhou no cume do monte Ararat?
As hipóteses são abundantes. No oceano pode ter caído um asteróide ou cometa, o que provocou um colossal tsunami. Ou o gelo derreteu por causa de aquecimento global e inundou tudo à sua volta. Ou, ao contrário, houve resfriamento e o gelo barrou os rios, deslocando a água que ficou nos oceanos, cujo nível elevou-se catastroficamente. Mas alguns demonstram que o eixo da terra se deslocou, e por isso pela terra firme passou uma vaga d’água com a altura de vários quilômetros.

Entretanto, até pouco tempo não havia dados científicos sérios nos quais se pudessem apoiar as hipóteses. Agora foram conseguidos: em fevereiro houve a comunicação de sensacional descoberta de cientistas americanos. E surgiu fundamento para uma hipótese que anteriormente se apresentava como maluca. Segundo ela, a água do Dilúvio universal saíra das entranhas da terra.

Agora, isto não é, de forma alguma, fantasia. No interior de nosso planeta foram encontrados verdadeiros oceanos.

Dois oceanos subterrâneos.

Nosso planeta é envolvido por uma rede de sismógrafos, aparelhos que detectam terremotos, registrando suas características em sismogramas. Comparando os registros, feitos em diversas regiões, é possível acompanhar como as ondas dos choques sísmicos se propagam na crosta e no núcleo terrestres.

Destes dados, armazenados há muitos anos, utilizaram-se os pesquisadores americanos Michael Wysession, professor de sismologia da Universidade de Washington (Saint Louis) e seu aluno-diplomando Jesse Lawrence, hoje trabalhando na Universidade da Califórnia (San Diego).
Eles estudaram no total 600 000 sismogramas. Os resultados abalaram os cientistas, pois demonstraram que no mínimo em dois lugares – debaixo da parte oriental da Eurásia e debaixo da América do Norte – estendem-se enormes reservatórios de água. É prova isso o quadro do amortecimento das ondas sísmicas longitudinais - fala o professor – característico especificamente da água.
Os cientistas montaram um modelo tridimensional das profundezas sondadas e asseguram: a água aí não é menos abundante do que a do Oceano Glacial Ártico. Situada
em profundezas entre 1200 e 1400 quilômetros.
O diretor do instituto de geoquímica e química analítica da Academia de Ciências russa, acadêmico Eric Galimov, classificou a hipótese de Wysession como “inteiramente verossímil”.
Um pouco antes, por volta de metade do ano passado, cientistas britânicos da universidade de Manchester acharam água do mar debaixo da superfície terrestre.

Identificaram seus vestígios em gás carbônico escapado de profundidades de cerca de 1500 quilômetros. Mas na ocasião não lhes deram crédito.Mesmo após artigo da conceituada revista Nature.

E a terra se rompeu...

Não se sabe exatamente como a água apareceu no interior da terra, não estando excluído que se formou junto com o planeta. Quer dizer, sempre esteve lá. Entretanto, muitos pesquisadores acreditam que a água subterrânea periodicamente sai à superfície. E, ao contrário, a oceânica, a que está fora, se infiltra nas profundezas. Falando em linguagem científica, o volume da hidrosfera terrestre pode mudar.
Aliás, no fundo do oceano há estranhos buracos, dos quais brota água à temperatura de 400 graus. Chamam-nos de “fumatórios negros”. Possivelmente aí “vaza” esta mesma água interior.
Não está excluído que em tempos anti-diluvianos os reservatórios subterrâneos se romperam completamente. E começou um jorro catastrófico de água salgada quente junto com vapor, como de uma caldeira que estourasse. O nível mundial do oceano elevou-se pela condensação do vapor em chuvas torrenciais, durante 40 dias e 40 noites. Temos aí então um dilúvio universal. Depois a água foi sugada de novo para dentro.
Isto quer dizer, pelos menos teoricamente, que um fenômeno catastrófico desta ordem pode repetir-se. Além disso, de forma que o Ararat não será visível. Wysession receia que, abaixo dos oceanos descobertos por ele, naquelas regiões do manto terrestre ainda não pesquisadas, ainda há água. Seu volume, segundo avaliações do professor, pode superar em cinco vezes o dos oceanos superficiais.

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