sexta-feira, fevereiro 22, 2008




Lavradora que mantinha pássaros em cativeiro
pagará R$ 8.000 de indenização





Comentários:

Luiz Carlos Siqueira Campos
(Professor) - CURITIBA, PR - 22/02/2008 - 13:55
Tem comentário uma notícia desta...?

O país é saqueado impunemente por nacionais e estrangeiros,
bens nacionais, jazidas importantíssimas alienadas, corrupção
em todos os níveis de todos os segmentos do "governo" do país,
criminalidade campeando livremente a despeito dos

apelos angustiados de quem não sabe mais a quem recorrer...
A lista seria infindável!
E o poder judiciário, que põe em liberdade os poucos criminosos hediondos condenados depois de um simulacro de cumprimento de pena...
volta todo o rigor da lei sobre uma pobre brasileira,

mal instruída (por culpa de quem?), mal informada certamente,
que para alegrar sua pobre vida se apropria daquilo que
pelo direito natural é seu, os bens sem dono colocados pelo Criador
a serviço do homem...
Mas não escapa ao olhar justiceiro que finge não ver a trave,
mas se indigna com o cisco.
Se tivesse se apropriado de 25 bilhões, estaria em Cancún.
Mas adotou 25 passarinhos e corre o risco de conviver com os celerados de uma prisão.Brasil 2008...

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

quinta-feira, fevereiro 14, 2008




Brasil e o troféu mundial da violência e corrupção
Luiz Flávio Gomes

Comentários

Luiz Carlos Siqueira Campos
(Professor) - CURITIBA, PR - 14/02/2008 - 14:41

Como bem demonstra o artigo, é difícil, quase impossível sintetizar em curtas frases a análise de uma realidade tão vasta, complexa e cambiante como é a sociedade brasileira.
E oferecer um comentário que mereça ser lido por alguém que queira melhor compreender o Brasil real, que não se retrata nos clichês, nos chavões surrados que figuram no que diz essa demagogia "politicamente correta" que enche as espaços de "nossa" Mídia.
O que tenho a dar é fruto de experiência, de uma observação ao longo de muitos anos, alguns dos quais vividos fora de nossas terras. Creio que nosso maior problema é ser o Brasil o país mais dominado por uma oligarquia que, instalada há muito tempo, lhe dita rumos que correspondem, não ao que nossas tradições ou anseios mais profundos nos sugerem, mas a interesses que poucos conhecem.
Mas que se evidenciam pelas transformações sofridas por nossa sociedade, sempre em direção oposta ao nosso passado cristão.
São, pois, forças radicalmente anti-cristãs.
Constatado o fator deletério, o que fazer...? Aqui também, a complexidade é evidente.
Pois as forças negativas, como joio que cresceu com o trigo, são dificilmente detectáveis, diferenciáveis...
E correria grave risco de cometer injustiça o líder populista que quisesse mandar para um "paredón", físico ou moral, aqueles que reputasse responsáveis por nossa decadência.
Não houve, estou certo, quem melhor conhecesse este fenômeno de subversão social e contra ele atuasse, do que o ilustre mas boicotadíssimo Professor Plinio Corrêa de Oliveira.
Uma indicação infalível do grau de conhecimento (ou de cumplicidade)de alguém com o processo conduzido pela oligarquia de que falo é a reação que nele provoca a menção do nome deste insigne brasileiro.
Se alguém estiver interessado em conhecer para onde nos conduzem, nada melhor que lê-lo...
http://www.pliniocorreadeoliveira.info/
Este site é fruto da generosidade de alguém que, não sendo entretanto membro da TFP, continua sua obra.
Bom proveito!

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Descriminação do aborto causa polêmica
Correio da Bahia 3/2/2008

SÃO PAULO - A questão do aborto está levantando vozes contrárias à posição oficial da Igreja Católica na discussão sobre a defesa da vida, tema da Campanha da Fraternidade 2008, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O texto-base, cujo lema é "Escolhe, pois, a vida", tirado de um versículo da Bíblia, condena os métodos não naturais de contracepção e a interrupção provocada da gravidez, mesmo nos casos permitidos pela lei. Bernadete Aparecida Ferreira, coordenadora da Pastoral da Mulher Marginalizada (PMM), que trabalha com prostitutas, escreveu e distribuiu um depoimento em defesa da descriminação do aborto. Apesar da ressalva de que se trata de uma opinião pessoal, criou constrangimento entre os bispos da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, à qual está subordinada.
Outro depoimento dissonante, uma entrevista de uma representante do movimento Católicas pelo Direito de Decidir, Dulce Xavier, foi cortado de um DVD feito pela Verbo Filmes, dos padres verbitas, por ordem do secretário-geral da CNBB. "É provável que haja mais manifestações desse tipo, de pessoas ligadas a nós, como já ocorreu numa palestra do Núcleo Fé e Cultura, da PUC de São Paulo", prevê dom Pedro Luiz Stringhini, presidente da comissão. D. Demétrio Valentini, bispo responsável pela PMM, considera proveitosa a reflexão , contanto que a Igreja mantenha a coerência. "Posições radicais e fechadas em torno de temas como o aborto correm o risco de comprometer a Campanha da Fraternidade, a ser lançada na próxima quarta-feira", afirma.
Bernadete, que há 17 anos trabalha com prostitutas, argumenta que "mulheres que se prostituem de vez em quando precisam fazer aborto, a despeito dos inúmeros métodos contraceptivos que poderiam escolher" e que "a criminalização do aborto não diminui a sua prática". (AE http://www.correiodabahia.com.br/poder/noticia.asp?codigo=146936 Domingo, 3 fevereiro de 2008 VIDA&



CNBB enfrenta debate sobre aborto Defesa de descriminação feita pela Pastoral da Mulher Marginalizada destoa da Campanha da Fraternidade José Maria Mayrink A questão do aborto está levantando vozes contrárias à posição oficial da Igreja Católica na discussão sobre a defesa da vida, tema da Campanha da Fraternidade 2008, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O texto-base, cujo lema é "Escolhe, pois, a Vida", tirado de um versículo da Bíblia, condena os métodos não naturais de contracepção e a interrupção provocada da gravidez, mesmo nos casos permitidos pela lei.

Bernadete Aparecida Ferreira, coordenadora da Pastoral da Mulher Marginalizada (PMM), que trabalha com prostitutas, escreveu e distribuiu um depoimento em defesa da descriminação do aborto. Apesar da ressalva de que se trata de uma opinião pessoal, criou constrangimento entre os bispos da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, à qual está subordinada. Outro depoimento dissonante, uma entrevista de uma representante do movimento Católicas pelo Direito de Decidir, Dulce Xavier, foi cortado de um DVD feito pela Verbo Filmes, dos padres verbitas, por ordem do secretário-geral da CNBB.

"É provável que haja mais manifestações desse tipo, de pessoas ligadas a nós, como já ocorreu numa palestra do Núcleo Fé e Cultura, da PUC de São Paulo", prevê d. Pedro Luiz Stringhini, presidente da comissão. D. Demétrio Valentini, bispo responsável pela PMM, considera proveitosa a reflexão, contanto que a Igreja mantenha a coerência. "Posições radicais e fechadas em torno de temas como o aborto correm o risco de comprometer a Campanha da Fraternidade, a ser lançada na próxima quarta-feira", afirma.

Bernadete, que há 17 anos trabalha com prostitutas, argumenta que "mulheres que se prostituem de vez em quando precisam fazer aborto, a despeito dos inúmeros métodos contraceptivos que poderiam escolher" e que "a criminalização do aborto não diminui a sua prática". Ela diz agir como humanista e cristã, em defesa de mulheres que fazem aborto "em situações difíceis e clandestinas".

Pesquisas da pastoral mostram que não é fácil para as prostitutas recorrerem ao aborto. "A maior motivação para escrever esse documento é o fato de ter convivido com grande quantidade de mulheres que, na prostituição, precisaram fazer aborto, um, dois, três e até mais de 20 abortos cada uma", diz Bernadete. Em Tocantins, onde faz um levantamento sobre a prostituição em rodovias e barragens, a coordenadora da PMM constatou que 50% das prostitutas ouvidas em Palmas já abortaram. "Não aconselho aborto nem uso de camisinha, sou pelo planejamento familiar o mais natural possível, concordo com a Igreja em tudo, mas defendo a vida da mulher", diz a coordenadora.

AFASTAMENTO

Essa defesa da descriminação do aborto vai custar o cargo de Bernadete na pastoral. "O mandato da atual coordenação termina em março e a nova coordenadora terá de ser afinada com a CNBB", adianta d. Pedro Luiz.

Ele prevê o afastamento de Bernadete pelo Conselho Episcopal Pastoral (Consep). "A Igreja, que acolhe e apóia quem praticou o aborto, é contra a descriminação, embora saiba que considerar o aborto um crime, por si só, não resolva o problema", diz o bispo. "A opinião de Bernadete é pessoal, mas reflete a maneira pela qual, em sua avaliação, a PMM deveria agir", acrescenta.

Bernadete diz que a Pastoral da Mulher Marginalizada não foi consultada sobre a Campanha da Fraternidade e prevê que a equipe será cobrada sobre sua posição. "Nós, na PMM, decidimos lutar por melhores condições de vida para as mulheres em situação de prostituição, contra a exploração sexual de crianças e adolescentes e contra o tráfico de seres humanos", escreveu a coordenadora em seu depoimento, acrescentando que também lutam por políticas públicas e ações estruturais que venham a beneficiar a vida das mulheres e de seus filhos.

"Fazer aborto para mulheres em situação de prostituição nem sempre significa que não amem seus filhos, que não gostariam de tê-los ou mesmo que gostariam de abortar a torto e a direito", afirma Bernadete. Para as prostitutas, ela observa, "o sexo significa, na grande maioria das vezes, a possibilidade do pão". Antes de tomarem a decisão, "muitas lágrimas rolam e se passam muitas noites sem dormir".

D. Demétrio, que é contra o aborto e contra a descriminação, diz que "é válido o depoimento de Bernadete, pois é um grito que vem não do teórico mas de quem conhece e vive com as mulheres marginalizadas". Como ela, o bispo afirma que há outros culpados e seria injusto apontar apenas a mulher. "O homem comete aborto toda vez que se desinteressa pela vida do filho que pôs na barriga da mulher."

Dulce Xavier, da organização Católicas pelo Direito de Decidir, surpreendeu-se com a censura à entrevista que ela gravou para o documentário sobre a Campanha da Fraternidade. "Fomos procuradas e aceitamos dar um depoimento sobre o nossa concepção do que é defender a vida", disse a militante. O grupo Católicas pelo Direito de Decidir defende a liberdade de decisão sobre sexualidade e métodos anticoncepcionais. "Não defendemos o aborto, mas, como somos pela descriminação, tiraram nosso depoimento do vídeo." Fonte: http://txt.estado.com.br/editorias/2008/02/03/ger-1.93.7.20080203.9.1.xml




Comentário

Nesta avalanche de escândalos pode-se, com clareza jamais vista, reconhecer a verdadeira face da igreja "católica" pós-conciliar.
A defesa inequívoca do assassinato, no caso do aborto dispensa comentário...
A justificação da prostituição, por parte de uma "pastoral" que não visa mais resgatar
duma situação degradante seres humanos desonrados, mas simplesmente tornar-lhes a permanência nela mais confortável, justificando para isso até os infanticídios, "necessários" para a prática do pecado.
Mas, o escândalo maior de todos, o mais escandaloso é a conivência das autoridades
eclesiásticas, evidenciada pela ausência de indignação, de atitudes enérgicas e
consequentes em relação às enormidades cinicamente sustentadas por pessoas investidas de responsabilidade pastoral.
Pergunto ao leitor se ainda se lembra, se tiver a infelicidade de ter que frequentar
uma igreja dirigida por sacerdotes afinados com o Concílio Vaticano II, do último
sermão em que foi condenada a imoralidade galopante de nossos dias.
Se algum padre se insurgiu contra o porte de vestimentos indignos de uma mulher
católica durante a celebração, e mesmo durante a recepção do Santíssimo Sacramento (ao menos, da hóstia que se supõe consagrada, dado o duvidoso de uma consagração na liturgia de Paulo VI), se advertiu contra a avalanche de imoralidade dos meios de
comunicação de massa, da qual, inteiramente, não escapa "nem sequer" (perdoem a ironia) a Rede Vida.
A qual aliás, com raras e notáveis exceções ( os sermões do Padre Cardoso, por exemplo), não faz senão ambientar no ambiente de degradação geral os
católicos mais conservadores, oferecendo-lhes uma versão mais "light" da imoralidade
geral...Em vez de resgatar os valores morais perdidos, varridos que foram pelo malfadado concílio, mas ainda saudosamente presentes em tantos que os praticaram...
Em vez de formar católicos militantes, verdadeiros cruzados capazes de servirem de
ponto de referência autênticos, íntegros, para tantos, sobretudo jovens, que vagueiam
sem direção moral, devorados gradativamente pelos abismos que nos circundam...
Seria interminável a lista das omissões, das traições das quais é objeto a Santa Madre
Igreja depois do dito concílio "pastoral", cuja consequência mais palpável, numéricamente mensurável, foi a perda de um contingente gigantesco de fiéis para um sem número de seitas, que anteriormente sequer existiam.
Tenhamos a coragem de fazer o balanço do Concílio Ecumênico Vaticano II...segundo o critério que nos deu o Fundador e Esposo Místico da Santa Igreja, Nosso Senhor Jesus Cristo, para podermos discernir os falsos dos bons profetas:
Pelos frutos os conhecereis: a boa árvore não dá maus frutos, nem a má arvore bons frutos.




sábado, fevereiro 09, 2008


A hipocrisia da Igreja Católica (2)
Josué Maranhão


Comentário

Luiz Carlos Siqueira Campos
(Professor) - CURITIBA, PR - 09/02/2008 - 23:49

Embora tendo feito comentário sobre o assunto em outra notícia
desta folha, não posso me omitir de dizer alguma coisa, embora
com atraso, sobre a manifestação do presente articulista.
No meio de lugares comuns, dos chavões já tão surrados da
propaganda anti-católica, encontrei uma afirmação com a qual
- mirabile dicto...- estou de acordo: "existem outras igrejas...
mas não protegidas por qualquer aura de perfeição e santidade"
como a Santa Madre Igreja. Perfeito!...
Parece até que seu autor já passou por seminário.
Mas o que ele não disse, digo-o eu: Trata-se da assistência permanente
de que goza, da parte do Divino Espírito Santo, que faz com que a
Igreja, apesar das falhas humanas, sempre saia invicta, altaneira,
das maiores crises internas ou perseguições, há quase dois milênios.
Sua atual crise, geradora dos escândalos inegáveis citados pelo autor,
foi desencadeada pelo malfadado Concílio Ecumênico Vaticano II,
tão festejado pelos mesmos círculos hoje a incriminam.

Quanto a perseguições a católicos, o século XX está prenhe de exemplos:
As mexicanas, na década de 20, que tiveram como reação a revolta
dos "cristeros".
No Brasil, tinha sido sufocada no sangue a resistência heróica dos
católicos de Antonio Conselheiro, celebrada até por um ateu, Euclides
da Cunha em seu livro magistral "Os sertões".
Na Rússia e sobretudo na Ucrânia, a perseguição religiosa fez milhões
de mártires...A China de Mao Tsé Tung não ficou atrás, seguida do
Vietnam dominado pelos comunistas.
A vizinha Cuba - Bush foi combater ditadura no outro lado do mundo,
esquecendo o mais velho tirano do planeta em seu próprio quintal...- ainda está subjugada pelos fanáticos vermelhos.
Mais recentemente, abundam relatos de católicos martirizados por
mãos muçulmanas.
Creio que no Brasil, a perseguição, a julgar pelo tom do artigo e de
certos comentários, está começando.
E será provocada pelo ódio contra Ela despertado no setores mais
corrompidos de nossa população.
Mas venceremos!...










quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Plinio Corrêa de Oliveira


"Folha de S. Paulo", 5 de janeiro de 1975

Quem ainda é católico na Igreja Católica?

Em uma sala junto à Igreja da Piedade, em Salvador, religiosos capuchinhos permitiram que se instalasse uma boutique, na qual se vendem objetos unissex, entre os quais biquínis.

Como bem se pode imaginar, a iniciativa causou escândalo a muitos freqüentadores do templo.

Frei Benjamim Capelli explicou que o aluguel da loja garantirá maior disponibilidade de renda para as obras assistenciais da paróquia.

Sentindo talvez a inconsistência da alegação — pois a imoralidade do meio não se justifica pela liceidade do fim — Frei Bruno Rossi aduziu outro argumento: "Só lamento — disse ele — que alguns dos nossos irmãos, certamente firmes e radicados na fé, se escandalizem com tanta facilidade e alimentem preconceitos tão pueris. É interessante e sintomático que frades tradicionalmente austeros como os capuchinhos não tenham percebido a inconveniência do negócio. Será que não chegou a hora de derrubar falsos preconceitos?" Esses dados são extraídos de uma notícia do "Jornal do Brasil", de 5 de dezembro passado. Ou seja, de exatamente há um mês.

* * *

Que eu saiba, a informação não teve desmentido. Sentir-me-ei muito alegre se alguém me escrever que o fato noticiado é inverídico. Comprometo-me desde já a inteirar do desmentido os leitores.

Duvido, porém, de que ele venha. E assim vou adiantando meu comentário.

Quando, há alguns meses atrás, publiquei uma notícia de um convento de religiosas da Espanha que fabricava biquínis, causei entre os leitores explicável sensação. E, se bem que ninguém ousasse desmentir tão insólita notícia, não faltou quem a julgasse duvidosa; tanto escândalo não podia acontecer.

Agora caso análogo estoura em Salvador. Pois não há tanta diferença entre fabricar biquínis e vendê-los.

Contudo, nem do caso espanhol, nem do baiano, a imensa maioria das pessoas tira as conclusões devidas.

Uma destas, entretanto, salta aos olhos. Se desde sua fundação até nossos dias, a Igreja considerou com horror o nudismo — do qual o biquíni é uma das manifestações mais agressivas — e se, em nossos dias, entidades eclesiásticas fabricam e vendem biquínis, de duas uma:

1) ou a Moral católica mudou totalmente, e então a Igreja não é infalível nem divina;

2) ou essas entidades eclesiásticas — ao afirmarem, implícita mas ostensivamente, a legitimidade do biquíni — adulteram o ensino da Igreja, e por si mesmas se excluem desta.

Ora, como a primeira hipótese é de todo em todo inaceitável, a segunda se impõe.

* * *

Não tenhamos medo de ver a verdade de frente. Este tema — do nudismo — levanta uma pergunta que vai muito além do caso dos dois conventos "biquinistas".

É absolutamente impossível que o uso do biquíni e de outras formas de rombuda agressão sexual se tenha generalizado tanto, sem que haja muitos diretores espirituais que concedam absolvição a pessoa que, por seu modo de trajar, não poderiam recebê-la. A eles, também a pergunta deve ser feita. — Se acreditam que a Moral da Igreja mudou, como ainda se dizem católicos? E se, permitem às suas penitentes que usem biquíni, com que direito se inculcam como padres católicos?

* * *

Obviamente, a pergunta vai ainda mais longe. Das pessoas de sexo feminino que participam da agressão sexual, inúmeras aprenderam, no Catecismo, que a Moral católica não muda.

— Se elas acham que mudou, como podem admitir a infalibilidade e a divindade da Igreja?

— E se acham que não mudou, como querem ser tomadas como católicas?

* * *

Mas — dirá alguém — usar biquíni é pecado contra o 6º ou o 9º Mandamento, conforme o caso. Contudo, uma pessoa não peca contra a Fé por violar um desses Mandamentos. Logo, minha argumentação é sem base.

Evidentemente, não digo que quem fabrica ou vende biquínis, ou os usa, peca contra a Fé. Mas quem afirma, implícita ou explicitamente, que a Moral da Igreja mudou, este sim, peca contra a Fé.

* * *

E daí uma pergunta que, também a propósito da conduta face ao comunismo e de diversos outros assuntos, pode ser feita: quem ainda é católico apostólico romano dentro desse imenso magma de 600 milhões de pessoas — cardeais, bispos, sacerdotes, religiosos e leigos — habitualmente tidos como membros da única e imperecível Igreja de Deus?